Embaixadores de 18 países da Europa participam, nesta sexta-feira, 17 de maio, em Belo Horizonte, da inauguração do Centro de Estudos Europeus (CEE) da UFMG, órgão de caráter transdisciplinar que tem entre seus objetivos expandir a cooperação científica e acadêmica entre a universidade e aquele continente. Na mesma solenidade será lançada a pedra fundamental do prédio do novo Centro de Internacionalização da UFMG.

O CEE irá contribuir de forma decisiva para incrementar a realização de atividades acadêmicas que tenham a Europa como foco ou os europeus como parceiros, possibilitando a articulação de diferentes grupos temáticos e de pesquisas existentes atualmente no âmbito da universidade, segundo o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Eduardo Viana Vargas. “Poderemos, assim, ampliar consideravelmente a nossa capacidade institucional para concorrer em editais internacionais”, afirma.

O novo Centro será coordenado pelo professor Ivan Domingues, do Departamento de Filosofia, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (Fafich). Outros quatro professores da universidade integram o comitê do CEE: Vera França (Departamento de Comunicação Social), Myriam Correa Ávila (Faculdade de Letras), Ana Gomes (Faculdade de Educação) e Alexandre Cunha (Faculdade de Ciências Econômicas).

Outros quatro centros de estudos internacionais entrarão em operação em breve, com pesquisas dedicadas à África, América Latina, China e Índia. Eles terão o mesmo formato adotado pelo CEE e serão também coordenados por professores de diferentes departamentos e unidades da UFMG.

Segundo Vargas, os centros de estudos internacionais irão aprimorar a condição da UFMG de produzir conhecimento sobre os países ou regiões em foco, ao mesmo tempo em que criarão instrumentos para ampliar a projeção mundial da universidade e do Brasil. Outro efeito esperado com o pleno funcionamento dos centros é a expansão da mobilidade e do intercâmbio internacionais de docentes e de estudantes.

Centro de Internacionalização

O novo Centro de Internacionalização da UFMG vai abrigar os cinco centros de estudos – África, América Latina, China, Europa e Índia – e terá seis pavimentos, totalizando cerca de seis mil metros quadrados. A previsão é de que esse complexo seja inaugurado no segundo semestre de 2014. Além dos centros de estudos, serão instalados no edifício a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e o Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat).

O prédio também vai sediar o Instituto Confúcio, organismo do governo chinês responsável pela difusão internacional do mandarim, a ser implantado em Minas Gerais por intermédio de parceria entre a UFMG, o Instituto Hanban – ligado ao Ministério da Educação da China – e a Huazhong University of Science and Technology (Hust), uma das principais instituições de ensino superior do país asiático.

Jornadas internacionais

Primeiro a ser lançado, o Centro de Estudos Africanos funciona desde novembro de 2012 e vai realizar, nos dias 12 e 13 de junho, no campus Pampulha, uma jornada internacional de debates, com a participação de pesquisadores brasileiros e africanos, bem como especialistas em temas ligados ao continente oriundos dos Estados Unidos, Inglaterra, França, Canadá, México, Colômbia e Argentina.

Outras “jornadas internacionais” serão promovidas pela UFMG no segundo semestre para marcar a criação dos demais centros de estudos. Em agosto deve ocorrer o encontro relacionado à China, seguido pelos eventos dedicados à América Latina (setembro), Índia (outubro) e Europa (Novembro).

Embaixadores na UFMG

Para o evento desta sexta-feira, dia 17, estão confirmadas as presenças dos embaixadores de Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Finlândia, Irlanda, Itália, Grécia, Hungria, Países Baixos, Portugal, Romênia e Suécia, além da embaixadora da Delegação da União Europeia, do encarregado de negócios da República Tcheca e do cônsul honorário da França. Durante a solenidade, a embaixadora da União Europeia no Brasil, Ana Paula Zacarias, e o embaixador da Irlanda no Brasil, Frank Sheridan, país que este ano preside a União Europeia, falarão sobre a Europa pós-crise.

Já o reitor Clélio Campolina discorrerá sobre os desafios da educação brasileira e da UFMG no contexto contemporâneo. “Os europeus estão reconhecendo a importância estratégica do Brasil em geral e da UFMG em particular, nossa competência e qualidade de trabalho. Ao tomarem conhecimento da iniciativa de criação do Centro, se prontificaram a incluir na agenda oficial uma visita à universidade”, salienta Eduardo Vargas.