As reuniões do Comitê Diretivo do Instituto de Estudo Brasil Europa (IBE) têm recebido a presença de estudiosos que estão contribuindo para o objetivo específico do projeto, que é fortalecer a educação superior no Brasil e promover o conhecimento mútuo entre as instituições e sociedades do Brasil e da União Europeia. O IBE é formado por 8 universidades brasileiras parceiras e 7 europeias associadas, contando também com a adesão de afiliadas.

Na 7ª reunião do Comitê Diretivo, realizada em meados de junho deste ano na Universidade de Campinas (Unicamp), o historiador e arqueólogo Pedro Paulo Funari, que é coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, discutiu os Desafios da Inclusão Social, tema principal do próximo Congresso Internacional do IBE programado para março do ano que vem em Belém (PA).

Funari ministrou palestra de duas horas sobre o assunto e fez uma abordagem histórica. Segundo ele, "trata-se das transformações das sociedades modernas desde o século XVIII, com destaque para o papel do estado nacional e imperial, primeiro, e as críticas, nas últimas décadas à noção de sociedade homogênea."

Em março deste ano quem participou de encontro do IBE foi o professor Ruy Braga, da Universidade de São Paulo (USP). Durante a 6ª reunião do Comitê Diretivo, realizada na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Ruy Braga falou sobre “A Política do Precariado: do Fordismo periférico ao Fordismo financeirizado”, dentro da rodada de discussão sobre “Como avançar em inclusão no mundo que cria novas exclusões”.

Durante a palestra o professor abordou as formas de exclusão social sofridas pelos operários de telemarketing e as várias formas de exclusão social no Brasil, suas consequências e possíveis soluções que podem ser trazidas da Europa.

Também estiveram presentes em reunião do IBE realizada em setembro de 2011 na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o diretor do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT) da UFMG, Maurício Alves Loureiro, e Luiz Barco, matemático e professor da USP, que debateram sobre a “A universidade do futuro”.

Os estudiosos falaram aos membros do IBE sobre as diferenças entre o ensino nos EUA e na Europa, citando como exemplos as universidades de Bologna e Harvard; a contradição entre a especialização e a generalização; e sobre como aumentar a transdisciplinaridade sem acabar com a disciplinaridade. O tema transdisciplinaridade norteia as principais ações do IBE, incluindo o curso de Doutorado em Estudos Europeus que está em fase de finalização.