O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) encerra nesta sexta-feira (11 de outubro) o 3º Congresso Anual do IBE, que é realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o tema “Inovação, Cultura e Sustentabilidade: Desafios para o Brasil e Europa”. A conferência de encerramento será às 14 horas com o Dr. Álvaro Toubes Prata, que é secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O Congresso reúne renomados estudiosos da Europa e do Brasil. A primeira mesa foi composta na quinta-feira (10 de outubro) com os palestrantes Augusto Albuquerque, que é ministro-conselheiro e chefe da Sociedade de Informação e Mídia da Delegação da União Europeia no Brasil, e Rubens Onofre Nodari, do Centro de Ciências Agrárias na UFSC. Após a discussão, foram apresentados os projetos BE Mundus, programa de mobilidade composto por universidades do IBE no âmbito do Erasmus Mundus, e o Euraxess.

À tarde a mesa Tecnologia, Saúde e Qualidade de Vida reuniu os professores Eduardo Tavares Costa, do Centro de Ciência Biomédica da Unicamp, e João Batista Calixto, do Centro de Ciências Biológicas, da UFSC. Ambos discutiram temas como os avanços nas áreas de Engenharia Biomédica e Tecnologia para Promoção de Saúde e as dificuldades de financiamento e controle dos gastos para que se possa avançar nas pesquisas no Brasil. “Precisamos buscar soluções para estes problemas”, disse Eduardo Tavares ao comentar o problema da burocracia nas agências de fomento. João Calixto por sua vez falou da evolução da indústria farmacêutica e dos empecilhos que as patentes causam à evolução da ciência.

Interdisciplinaridade

A última mesa de quinta-feira discutiu a Interdisciplinaridade na Universidade do Futuro e foi composta pelos professores Ronaldo Mota, titular emérito da Universidade de Santa Maria; Carla Salvaterra, pró-reitora de Relações Internacionais da Università di Bologna; e Helio Waldman, reitor da Universidade Federal do ABC. “A inovação tem papel central nos dias de hoje e é o grande indutor da ciência”, disse Ronaldo Mota. “Estamos entrando no terceiro milênio da educação”, frisou.

Helio Waldman falou que no futuro a educação deve derrubar as barreiras disciplinares e focar nos problemas dentro de um contexto tecnológico. Para ele, o século 21 trouxe crescimento em relação à internet, globalização e urbanização, mas ainda não solucionou problemas como desigualdades sociais e mobilidade urbana. Além disso, há ameaças que merecem atenção em campos como o meio ambiente, a bioética, a privacidade e a energia. Para ele, a solução para tais problemas precisam ser pensada de forma interdisciplinar, o que é o desafio das universidades para o futuro.

Prêmio

Na tarde de hoje serão apresentados os vencedores do 1º Prêmio IBE de Incentivo a Projetos Colaborativos Brasil-Europa, destinado a projetos em andamento que mantenham acordo de cooperação entre as universidades do Brasil e da Europa. O primeiro lugar ficou com o projeto “ Produção de baixo custo e confiável de compósitos de matriz cerâmica oxida”, do pesquisador Dachamir Hotza (UFSC), em parceria com Technische Universität Hamburg-Harburg (TUHH) – Alemanha.

Em segundo lugar ficou o projeto “A Proteção Nacional e Internacional dos Consumidores (em especial dos Consumidores dos Serviços Bancários e Financeiros nos Processos de Integração Mercosul e União Europeia)”, de Claudia Lima Marques (UFRGS), em parceria com a Instituição Europeia Parceira: Justus-Liebig-Universität Gießen – Alemanha. O terceiro lugar ficou com o projeto Desenvolvimento e Aplicações de Metaheurísticas para Planejamento de Cadeias de Suprimento, de Guilherme de Alencar Barreto (UFC) e Fernando Buarque de Lima Neto (UPE) em parceria com a Westfälische Wilhelms-Universität Münster (WWU) – Alemanha.