O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) apresentou seu programa de Pós Graduação ao presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge Almeida Guimarães. A apresentação foi feita em Brasília, no dia 18 de julho, na sede da Capes.Na oportunidade, foram discutidas premissas para adequação do programa de Pós Graduação do IBE às regras da Capes.

Com apenas um ano e meio de exitência, o IBE tem formatados Doutorado em Estudos Europeus e especialização em Gestão Pública. Ambos com eixos e temas comuns para o Brasil e países da União Europeia. Segundo o coordenador do IBE, professor Moacyr Martucci explicou aos presentes, um dos diferenciais do programa do IBE para os programas já existentes nas universidades parceiras é oferecer um tratamento transdisciplinar na formação de pesquisadores através de pesquisas e teses transdisciplinares.

Foi explicado também aos membros da Capes, que o programa será executado em consonância com as universidades parceiras do IBE e o aluno terá dois orientadores um em cada área e de cada lado do Atlântico, além de uma disciplina obrigatória transdisciplinar e publicação de artigos  em conjunto. O professor Moacyr apresentou como exemplo o sistema de ensino da L’ecole Des Hautes Etudes em Sciences Sociales.

A Coordenadora de Pós Graduação da UFMG, a professora Myriam explicou que num primeiro momento, será  apresentada a bibliografia do curso aos alunos  que após leitura, trazem a discussão em sala de aula e, num segundo momento, a produção de artigos aprovados por um corpo de pareceristas com constante troca de conhecimento.

Diretor de Avaliação da CAPES, Lívio Amaral indicou o coordenador da Área Interdisciplinar da Capes Arlindo Philippi Jr. para orientação e esclarecimento da elaboração da proposta do IBE. Anualmente a CAPES aprova 300 programas de pós-graduação e existem hoje mais de 3.300 programas, mas na prática ele não consegue precisar o número de bolsas a ser aprovadas sem que seja submetida a proposta.

O  professor Moacyr informou que serão 10 alunos por ano e não considera inviável o fornecimento de bolsas também pelas FAPES e CNPQ.

O próximo passo do IBE será procurar o professor Arlindo Philippi Jr.  em busca de orientação para trabalhar a estrutura da proposta a ser apresentada à CAPES (critérios acadêmicos e científicos). “Temos que explicar o que é a multidisciplinariedade, qual o perfil de profissional e pesquisador que queremos formar, e como eixos temáticos tão diferentes podem ser articulados”, esclarece a professora Eliane Moura da Silva, representante do IBE na Unicamp.

 Depois que a proposta estiver formatada dentro dos critérios de interdisciplinaridade adotados pela CAPES e de acordo com os Objetivos Específicos do IBE, uma nova reunião será agendada no segundo semestre para que seja submetida formalmente no início de 2013.