Nascida em Taubaté, Larissa se graduou em Engenharia Ambiental na Universidade Estadual Paulista. Em 2013, após trabalhar na indústria por 3 anos, ela recebeu uma bolsa do Erasmus Mundus para Mestrado Internacional em Ciências em Tecnologia Ambiental e Engenharia organizado pela Universidade de Ghent (Bélgica), UNESCO-IHE (Holanda) e UCTP (República Tcheca). Atualmente é uma Marie Curie fellow de um programa de PhD conjunto entre a Universitat Politècnica de Catalunya (Espanha) e a Universidade de Ghent. Sua pesquisa tem como foco o tratamento de águas residuais usando microalgas.

Em entrevista para Euraxess, Larissa falou sobre sua experiência com o programa de financiamento MSCA.

Ela conheceu o programa de financiamento MSCA quando fazia mestrado através de colegas que também eram pesquisadores. Após terminar o mestrado, foi informada por uma comunicação da Associação Erasmus Mundus (EMA) sobre uma chamada para programa de PhD conjunto. Como um dos fellowships oferecidos se referia ao mesmo tópico da sua tese de mestrado, ela se inscreveu. 

Considera os projetos financiados pela MSCA robustos e inovadores. Para ela os programas de alto nível são multidisciplinares e promovem intensa colaboração entre cientistas e o setor não acadêmico, o que vê como principal vantagem da MSCA quando comparada com outras oportunidades de financiamento. Explica que o programa é baseado em quatro pilares: pesquisa, troca com o setor não acadêmico, cursos de treinamento estruturados e participação em atividades de alcance público. Para ela, essa estrutura aperfeiçoa e desenvolve habilidades. 

Ela vê a mobilidade entre organizações requerida pelos programas MSCA como uma grande oportunidade para trabalhar em diferentes ambientes e abrir perspectivas. Para ela, o maior benefício é a chance de se conectar com diferentes culturas, o que permite entender e respeitar outras perspectivas, aprender ideias novas e melhorar relações  de comunidade. Considera sua experiência muito boa, especialmente a troca de informações com outros pesquisadores e aprender sobre diferentes projetos em que eles estão envolvidos.

Acredita que a mobilidade transetorial, é definitivamente uma oportunidade relevante para interagir diretamente com o setor não acadêmico. Em sua experiência numa empresa de consultoria em Portugal,  no programa conjunto de doutorado , aprendeu como os projetos são desenvolvidos e realizados, distribuição de tarefas no time e a importância de comunicação eficaz para melhores resultados. Também foi importante receber feedbacks de sua pesquisa de um ponto de vista não acadêmico.

Ela aconselha candidatos a serem bastante persistentes e acreditarem em seu potencial. Para não perderem oportunidades, se manterem atualizados quanto às ofertas da MSCA e assim que tiverem calls de interesse, ter toda a documentação exigida. Ela encoraja a todos se juntarem à comunidade MSCA.