Na mesma semana em que o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso, encontrou-se em Brasília com a presidente Dilma Rousseff e outros líderes, a fim de discutir acordos internacionais de cooperação, a UFMG avançou nas negociações para a implantação, em parceria com a prestigiada Escola Nacional de Administração (ENA), da França, de um curso de pós-graduação lato sensu voltado para gestores públicos, de ONGs e de pequenas e médias empresas.

O projeto para a oferta do curso Gestão em um mundo em transformação: desafios no contexto das relações Brasil-Europa foi apresentado pelo professor Eduardo Viana Vargas, diretor de Relações Internacionais da UFMG, pelo diretor adjunto de Relações Internacionais da ENA, Max Brunner, e pelo coordenador do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) na tarde de quinta-feira (24 de janeiro), em Brasília, aos representantes dos ministérios do Planejamento e de Relações Exteriores e à consultora do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Maria de Fátima Cartaxo.

A iniciativa é consistente com os objetivos do IBE, associação entre universidades brasileiras e europeias. Criado há dois anos, o IBE promove o desenvolvimento do ensino e da pesquisa no Brasil, em torno de temas nos quais a experiência europeia possa oferecer contribuição mais relevante.

O curso

A proposta apresentada às autoridades em Brasília prevê que o novo curso seja dividido em duas modalidades:Aperfeiçoamento, com carga de 240 horas, estimativa de dois semestres de duração e turma de 100 alunos; e Especialização, cuja carga é de 360 horas, cursadas em três semestres por uma turma de 30 alunos.

As disciplinas serão ministradas por professores dos departamentos de Gestão Pública (Fafich) e Relações Econômicas Internacionais (Face) da UFMG, de outras universidades brasileiras e da escola francesa. As aulas serão divididas entre presenciais e por videoconferência, e os alunos farão estágios na França.

A definição do local das aulas, no Brasil, depende da procedência dos alunos a serem matriculados. A previsão é de que o curso tenha início em agosto deste ano.“Considerando tanto a natureza da parceria, quanto a interdisciplinaridade entre Gestão e Relações Internacionais, trata-se de uma experiência inédita”, comentou Eduardo Vargas, que participa já há um ano da mediação.

Brasil e Europa em cinco eixos

Entre universidades associadas e parceiras, do Brasil e da Europa, ao todo 28 instituições integram atualmente o IBE. Os assuntos de interesse mútuo abordados nas atividades do instituto foram divididos em cinco eixos principais. À UFMG cabe a coordenação de Políticas, o que explica seu engajamento na criação do novo curso de extensão. Os demais eixos são Ciências Sociais, Humanidades e Artes(Unicamp); Saúde e Biologia (Unesp); Ciências (USP); eTecnologia (USP).

 

Foto: A partir da esquerda: Eduardo Vargas, diretor de Relações Internacionais da UFMG, Moacyr Martucci, coordenador geral do IBE, Marcos Abílio Pereira, professor do curso de Gestão Pública, Bernardo Campolina, coordenador do curso de Relações Econômicas Internacionais, Maria de Fátima Cartaxo, consultora do BID, e Max Brunner, diretor da Escola Nacional de Administração, da França

 

(Crédito: Asssessoria de Comunicação da UFMG)