Garantir mais qualidade de vida à população durante o processo de envelhecimento é um dos desafios abraçados pelo Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), consórcio de universidades brasileiras e europeias que atua no âmbito da pesquisa  e do conhecimento.

A coordenadora da área de Saúde e Biologia do IBE, professora doutora Célia Regina Nogueira, da Faculdade de Medicina da Unesp, afirma que o envelhecimento saudável é uma preocupação dos cientistas do mundo inteiro. “Todos sabemos que a população está envelhecendo, que a pirâmide está mudando e precisamos fazer algo”, diz.

Célia  explica que o Envelhecimento é um sub-eixo do tema central do instituto – Tecnologia, Sustentabilidade, Saúde e Desenvolvimento Social. “Trata-se de um tema de foco e estudo que também entrou como eixo do primeiro programa de Doutorado do IBE”. O envelhecimento é um dos temas comuns entre Brasil e Europa escolhidos pelo instituto.

Para ajudar as pessoas a envelhecerem com saúde e qualidade de vida, o IBE terá como aliados a pesquisa cientítica, a saúde e a ciência e a tecnologia. A professora Célia Nogueira lembra que os trabalhos começaram  ainda em 2011, quando o IBE promoveu o 1º Workshop Internacional sobre Envelhecimento na Faculdade de Medicina (FM), de Botucatu. O evento reuniu cientistas do mundo inteiro.

Este ano já foram realizados vídeo-conferência e webmetting com a participação das universidades envolvidas. O próximo passo, segundo a dra. Célia é a elaboração de um projeto de pesquisa para o Programa-Quadro FP7.

Dados do envelhecimento

As previsões são de que até 2050 haja mais de 3 milhões de pessoas com mais de 100 anos de idade no mundo. Essa tendência é um desafio para a ciência e políticas públicas.  No Brasil, o percentual de idosos mais que dobrou nos últimos 50 anos. A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que em 2025 o Brasil tenha a 6a população de idosos em termos absolutos e em 2050,  apresente uma estrutura etária muito semelhante a existente hoje na França. Segundo a União Europeia preve-se que, até 2050, o número de pessoas com mais de 65 anos na UE cresça 70% e o número de pessoas com mais de 80 anos aumente 170%.