O Colóquio Internacional de Tecnologia e Democracia, que ocorre até o dia 1º de novembro no Câmpus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UMFG) e conta com o apoio do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), está sendo transmitido ao vivo pelo link.

Neste segundo dia do evento serão abordadas na mesa IV as diferentes faces do ativismo online. A primeira exposição é de Dominique Cardon, sociólogo do Laboratoire des usages d’Orange Labs e professor da Universidade de Marne la Vallée Paris – Est ( LATTS ), que apontará como, apesar da diversidade temática, há especificidades da mobilização feita via internet, tais como maior horizontalidade, menor peso das organizações e do consenso nas decisões. Para isso, discutirá como essas características foram manifestadas ao longo da história do ativismo online.

Já a apresentação dos pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Alessandra Aldé e João Guilherme dos Santos, focará nas similaridades entre as “manifestações ocorridas no Rio de Janeiro nos meses de junho e julho de 2013 e as dinâmicas registradas em casos de resistência civil e ação não violenta ocorridas em 18 países diferentes, entre 1917 e 2007, identificadas pelo projeto Civil Resistance & Power Politics da Universidade de Oxford”. Aldé é professora e pesquisadora do PPGCom da UERJ, onde coordena o grupo de pesquisa Tecnologias da comunicação e política. João Guilherme Bastos dos Santos é mestrando do PPGCom-UERJ (bolsista CNPq).

Os protestos de junho e julho também serão objeto de análise do professor e pesquisador Marcus Abílio Pereira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua discussão será focada em Belo Horizonte, mais precisamente em cinco páginas do Facebook criadas por grupos e/ou cidadãos da capital mineira: Black Bloc-BH, Comitê dos Atingidos pela Copa, O Gigante Acordou-BH, Primavera Brasileira-BH e Movimento Fora Lacerda.

O pesquisador monitorou as postagens públicas de tais ambientes online a fim de entender como “os internautas, a partir de suas interações no Facebook, trataram a temática da violência durante os protestos de 2013”. Pereira é doutor em Sociologia Política pela Universidade de Coimbra e coordena, junto com Ricardo Fabrino Mendonça, o Grupo de Pesquisa em Democracia Digital da UFMG, um dos realizadores do Colóquio.

Mais informações estão disponíveis no site http://coloquiotecnologiademocracia.org/