Cerca de 400 reitores, ministros e outras autoridades governamentais da área de educação de nove países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) vão se reunir no câmpus Pampulha da UFMG entre os dias 9 e 11 de junho para o XXIII Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa – AULP (veja aqui a programação).

O papel que as universidades desempenham na cooperação e no desenvolvimento econômico é o tema que balizará a agenda de discussões do Encontro, que, além de conferências, contará com palestras, mesas-redondas e apresentação de 60 trabalhos por parte de pesquisadores, especialistas e profissionais dos países que integram a AULP.

O embaixador moçambicano Murade Isaac Miguigy Murargy, atual secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fará a conferência de abertura do Encontro, no dia 10 de junho, às 10 horas. Em seguida, o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz, fará uma exposição sobre os processos de inclusão e de avaliação do ensino superior.

Participam do evento, entre outros, Luiz Cláudio Costa, presidente do INEP, Paulo Speller, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Carlos Edilson de Almeida Maneschy, presidente da Andifes, Jorge Ferrão presidente da AULP e reitor da Universidade do Lúrio – Moçambique.

Constituída em 1986, A AULP congrega 132 instituições de ensino superior em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Essa comunidade conta com cerca de 250 milhões de habitantes e detinha, em 2011, PIB conjunto de US$ 2,8 trilhões.

Projetos universitários na África

Um dos objetivos da AULP é estreitar a cooperação entre as universidades dos países de língua portuguesa, o que vem se intensificando nos últimos anos, especialmente com relação à África. Por sugestão da AULP, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) criou o Programa Internacional de Apoio à Pesquisa e ao Ensino (Piape), pelo qual acabam de ser selecionados 45 projetos a serem desenvolvidos por universidades brasileiras em conjunto com instituições africanas. A UFMG lidera esse movimento, com a aprovação de 13 projetos, a serem executados com universidades de Moçambique, Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Paralelamente a esses projetos, a UFMG foi designada pelo Ministério da Educação (MEC) para auxiliar o governo de São Tomé e Príncipe a implantar a primeira universidade pública do país africano. A primeira reunião entre a UFMG e as autoridades governamentais santomenses para tratar desse empreendimento ocorrerá durante o Encontro da AULP

Centro de Estudos Africanos

Na sequência do XXIII Encontro da AULP, a UFMG fará o lançamento internacional de seu Centro de Estudos Africanos, reunindo 20 especialistas de centros similares de todo o mundo, numa jornada de debates que ocorrerá em 12 e 13 de junho (ver programação).

Estarão presentes pesquisadores de instituições do Brasil, Moçambique, Gana, Guiné-Bissau, Reino Unido, Portugal, França, Canadá, Estados Unidos, México, Colômbia e Argentina. O Centro de Estudos Africanos integra o Centro de Internacionalização da UFMG, a ser inaugurado no segundo semestre de 2014 e que abrigará outros quatro Centros de Estudos: Indiano, Chinês, Latino-Americano e Europeu.

 

(Fonte: Assessoria de Comunicação da UFMG)