Cooperação científica entre Brasil e União Europeia deve ser reforçada nos próximos anos
A partir de 2021, entra em vigor um novo plano, o Horizonte Europa, que deve investir 100 bilhões de euros até 2027 em ciência e tecnologia, com muitas oportunidades para pesquisadores nacionais. Os pilares da iniciativa são ciência aberta, desafios globais e competitividade industrial e inovação aberta.
“Ciência e tecnologia é a nossa terceira maior política em termos de orçamento e a parceria entre Brasil e União Europeia é uma das nossas prioridades estratégicas. Temos dois acordos governamentais de cooperação e atividades bilaterais em áreas muito diversas como Tecnologias da Informação e Comunicação, infraestrutura, saúde, inovação. É uma parceria proveitosa para as duas partes”, afirmou Zurita.
Na opinião do chefe da Assessoria Internacional do MCTIC, ministro Luís Felipe Fortuna, a parceria tem dado frutos na área de pesquisa de ponta. “O Brasil tradicionalmente manda para o exterior um número considerável de estudantes que se concentram em países da UE. É uma relação que se expande cada vez mais e se concentra em áreas de pesquisa de ponta. Não há uma área de concentração, indo da nanotecnologia ao setor espacial. E a gente prefere que seja assim: uma cooperação forte e diversificada”, disse.
Um caso de sucesso foi apresentado pelo coordenador-geral de Oceano, Antártica e Geociências do MCTIC, Andrei Polejack. Em 2017, foi assinada a Declaração de Belém por Brasil, África do Sul e União Europeia para cooperação na investigação do Oceano Atlântico. Com apoio da UE, foi possível levar à frente pesquisas nacionais nas áreas de mudanças climáticas e biodiversidade.